NEVRALGIA DO TRIGÉMEO
TRATAMENTO
TRATAMENTO MÉDICO
Anticonvulsivantes
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1ª Linha
carbamazepina
oxcarbazepina
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2ª Linha
lamotriguina
gabapentina
pregabalina
valproato
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Descompressão microvascular (por craniotomia)
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80% permanecem sem dor após 1 ano
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75% após 3 anos
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73% após 5 anos,
Complicação a longo prazo mais comuns - surdez (10%).
Destruição do Gânglio de Gasser
Termocoagulaçãoo por radiofrequência, compressão por balão, rizotomia percutânea com glicerol e GammaKnife.
A complicação mais morbida é a perda sensorial da hemiface afectada.
Aférese periférica com laser CO2
Executa-se com anestesia local e consta de provocar lesões nos ramos aferentes afectados antes da sua entrada na estrutura óssea crâniofacial.
OUTRAS CAUSAS DE DOR FACIAL CRÓNICA
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Esclerose múltipla
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Tumor intracraniano
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Nevralgia do nervo glossofanríngeo
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Arterite de células gigantes
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Sinusite
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Hemicrania paroxística
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Nevralgia do nervo glossofanríngeo
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Nevralgia pós-herpética
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Cefaleia tipo SUNCT
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Dores da articulação têmporo mandibular
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Outras causas mais raras
O trigémio é um conjunto de três troncos nervosos que transportam a informação sensitiva da face e dentes e controla os músculos da mastigaçãos o nervo nevralgia do trigémeo é um distúrbio unilateral doloroso caracterizado por dores faciais excruciantes súbitas, de grande intensidade, breves e incapacitantes, com início e término abruptos, tipo choque elétrico afectando uma ou mais divisões do nervo trigémeo e precipitada por estímulos em determinados pontos específicos designados "pontos gatilho" (que desencadeiam dor), da face, dos lábios ou da língua ou por atividades como falar, mastigar, barbear-se.
Se a nevralgia se acompanha de perda de sensibilidade e fraqueza muscular do lado afectado, deve-se pensar numa compressão do nervo trigêmeo, exercida por um tumor, aneurisma ou efeito de esclerose múltipla
O ramo mais afectado é o maxilar (55%) seguido do mandibular (30%) sendo o oftálmico pouco frequente (4%). Só 1% dos pacientes tem todos os ramos afectados sendo a associação do ramos maxilar com mandibular mais frequente (20%) do que com o oftálmico (10%).
Duração e Periodicidade -
Cada episódio de dor dura entre alguns segundos e dois minutos, mas pode ser seguido rapidamente de outro ataque. Podem ocorrer entre 10 a 70 episódios num dia. Em geral existe um período refratário entre os ataques.
Com a progressão da doença, os ataques tendem a durar mais. Podem haver períodos de remissão espontânea, que inicialmente podem durar meses ou anos, mas ao longo do tempo os períodos de remissão tornam-se mais curtos. Na condição denominada “NT com dor facial persistente concomitante”, ocorre um período prolongado de dor de baixa intensidade tipo queimadura, que se segue a uma crise de dor aguda em pontadas, e que pode durar horas.
A imagem por ressonância magnética (IRM) é a técnica de imagem mais útil para determinar a presença de lesões, como quistos ou tumores, malformações vasculares, placas de esclerose múltipla, além de compressão vascular do nervo trigémeo.
Causas -
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compressão vascular intracraniana da raiz do nervo no tronco cerebral (clássica).
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tumores benignos ou malígnos
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esclerose múltipla
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malformações vasculares
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infecção viral
O que deve ainda saber:
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é conhecida como a patologia mais dolorosa existente.
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incidência de 1 a 3 / 100.000 na população geral.
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após os 40 anos, pico de frequência entre os 50 e 60 anos.
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a única comorbilidade conhecida é a esclerose múltipla.
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os doentes de esclerose múltipla têm uma incidência maior de nevralgia.
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prevalência feminina 2/1.
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3% dos afectados têm nevralgia bilateral.
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pode ser consequência de lesão nervosa causada pela esclerose múltipla
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a zona mais atingida é o maxilar (2º ramo).
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a dor pode ser desencadeada por:
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falar, beber, mastigar, escovar os dentes
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contacto na pele por toque ou vento. Barbear-se.
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