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Glândulas Salivares

TRATAMENTO

Remover o(s) cálculos(s).

1º EPISÓDIO

  • ingestão abundante de água

  • estimulantes da salivação

  • massagem da glândula

Anestesia local (via intraoral):

Submaxilar - sialolitotomia ou sialendoscopia.

Parótida - sialendoscopia

Anestesia Geral (excepção):

Submaxilar -

Remoção da glândula (submaxilectomia) nas litíases intraparenquimatosas ou de longa duração com cálculos de grandes dimensões ou em idosos muito debilitados que sofreram uma infecção aguda grave que obrigou a internamento.

Parótida -

Sialendoscopia + Laser de fragmentação.

Parotidectomia só nas situações em que a sialoendoscopia não foi eficaz.

LITÍASE, PEDRAS OU CÁLCULOS NAS GLÂNDULAS SALIVARES

A litíase salivar é o resultado da formação  e crescimento de cálculos no interior dos ductos ou do parênquima glandular.  É muito frequente na glândula submaxilar (75%), menos na parótida (24%) e rara nas restantes. Rara em crianças.

 

A patologia salivar mais frequente é a inflamatória, da qual 60% é obstrutiva. A obstrução do fluxo salivar pode dever-se a:

  • Sialolito (pedra) - 80%. Quase sempre únicos, ovóides, unilaterais e menores de 10 mm., opacos aos RX. e constituídos de um núcleo de hidroxiapatite e sais de cálcio.

  • estenoses (aperto no canal) - 15%. isoladas ou associadas a parotidites crónicas recidivantes do adulto ou juvenil, Síndrome de Sjogren ou sialadenite do radioiodo.

  • rolhões ou polipos - 2%

  • alterações / variantes anatómicas - 2%

  • corpos estranhos (espinhas, etc.) - 1%

 

Se o sialolito atinge o tamanho suficiente para obstruir o fluxo salivar inicia-se, no momento das refeições, um episódio de dor aguda (cólica salivar) seguida de inchaço da glândula afectada - à frente do ouvido se for a parótida ou por baixo do ângulo da mandíbula se for a submaxilar. Ao parar a estimulação alimentar, a dor regride  em poucos minutos enquanto o inchaço atenua na 1/2 hora seguinte. Nunca se sabe se, e quando, sucederá um novo episódio. Poderá não voltar a contecer se o cálculo for imediatamente eliminado expontaneamente. Se a  pedra só se deslocou, desobstruindo o ducto, um novo episódio só terá lugar quando ela voltar a obstruir. Poderá tardar anos, período durante o qual se manterá a crescer aumentando a possibilidade de obstruir. Os primeiros episódios são sempre os mais leves e benignos. A possibilidade de a glândula infectar e se desencadear uma infecção grave da região e adjacentes é sempre expectável e preocupante pelo que o tratamento deverá ser o mais rápido possível.

 

O mais importante é confirmar da presença do cálculo, seja pelo exame clínico ou através de Rx, Ecografia ou TAC. Quando tal não é possível deve recorrer-se a sialoendoscopia para identificação da origem da obstrução.  

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